Na praia a Lua Iluminou-os
Tinha sido arrastado por
amigos até aquela festa.
O baile tinha começado e ele
encontrava-se encostado ao balcão do bar daquele hotel, no espaço onde se
desenrolava a festa. Vestia calças e casaco e uma camisa que se desapertava
sobre o peito… Os amigos tinham-se confundido com as pessoas que compunham a
festa e já dançavam com pares femininos que os acompanhavam ao som da música
que ecoava na sala. Estava ali a observar todo o ambiente e quase sem vontade
de ali permanecer muito mais tempo, quando a vê caminhar pelo espaço em volta
da piscina onde se desenrolava o baile como que deslizando debaixo da roupa que
trazia vestida… Saia comprida e justa sobre as coxas, que lhe moldava o corpo e
deixava ver os contornos das coxas sobe o tecido leve, preto e brilhante, em
baixo a saia rodada dava-lhe um ar de elegância extrema… Em cima trazia uma
blusa justa ao corpo que deixava perceber todos os contornos do corpo esbelto…
Na frente um decote deixava vislumbrar os contornos dos seios que se
adivinhavam belos e redondos, com as marcas do bikini na pele bronzeada pelo
sol. As mangas compridas e rendadas, a blusa fechava-se com botões nas costas e
por detrás abria-se um decote generoso enfeitado com fios que atravessavam o
decote…
Ficou com o olhar preso naquela
mulher que avançava entre as pessoas que dançavam e a roupa que vestia deixava
adivinhar o belo corpo de contornos suaves…
Agora a vontade era ficar ali e
poder dançar com aquela mulher que o enfeitiçou. E quando a música calma se
começou a ouvir pelo átrio caminhou na direcção dela e pediu-lhe…
- Dance comigo esta música e me
fará feliz…
Ela sorriu com a abordagem e
não teve coragem de negar a dança, até porque ele era um homem bem
interessante.
Dançaram… Mão na mão… A mão
dele na sua cintura e a sua no ombro dele… Deslizaram naquele espaço
transformado em sala de baile ao som daquela musica que os embalava…
A musica terminou e
afastaram-se, ele fez como que uma vénia e agradeceu-lhe o privilégio da dança…
Para lá dos apartamentos do
hotel que circundavam a piscina e o átrio que servia de local da festa, ficava
a praia ali perto onde o mar se fazia ouvir na sua música de ondas esbatendo-se
na areia…
Ele afastou-se até ao parapeito
que ficava sobre a praia para fumar um cigarro e viu-a ali a olhar o horizonte.
- Então a Menina já deixou o
baile?
- Já… E já não sou uma menina… Não encontrei ninguém
interessante para dançar e mais ninguém que ficasse feliz em dançar comigo… Disse
num sorriso.
- Dançar contigo foi um privilégio!
Agora vim aqui fumar um cigarro e apeteceu-me passear pela praia… Queres
fazer-me companhia? Está um luar maravilhoso de Lua-cheia…
- Sim!... Vou contigo, também gosto da Lua-cheia.
Caminharam pela areia… Ela
tirou os sapatos e segurou-os na mão… A lua iluminava… O mar chamava… E, foram
pela areia caminhando com passos lentos… Quando deram por si estava de mãos
dadas como dois namorados… Ali onde as ondas se desfaziam na areia em
rendilhado de espuma, iluminado pela lua parecia colcha de prata… Uma onda mais
atrevida estendeu-se mais pela areia e molhou-lhe os pés e a orla rodada da
saia preta, os brilhantes da saia iluminavam-se pela luz da lua…
- O teu vestido parece um céu
estrelado…E o teu rosto lindo, a lua…
Ela com a mão livre levantou um
pouco a saia molhada pelas ondas e sorriu…
Caminharam mais um pouco pela
areia e ali á frente sentaram-se no declive de uma pequena duna de areia com as
pernas estendidas, as ondas levavam o rendilhado até junto dos seus pés como
que convidando a deitarem ali os corpos naquela noite de Lua-cheia…
Ele colocou-lhe a mão no ombro
e ela recostou-se no seu peito…
Os corpos sentiram o calor, um
do outro…
E os dois sentiram um tremor…
Olharam-se nos olhos e foi
impossível resistir aquele beijo que colou os lábios…
Muitas ondas deslizaram pela
areia da praia iluminada enquanto durou aquele beijo…
- A lua é mágica!... Não achas?... Disse
ela…
- Sem dúvida que é!...
- Achas que fazemos falta na festa?...
- Creio que não… Acho que
passam bem sem nós… A Lua-cheia e este mar chamaram-nos porque precisam mais de
nós que aquela festa ali…
- Sim… Então é melhor fazer-lhes companhia…. E estendeu os braços em
volta do pescoço dele e ofereceu-lhe outra vez os lábios…
Só um beijo não chegava… O
abraço foi-se apertando e as mãos foram descobrindo os corpos…Por entre os
botões desapertados da camisa sentia a mão dela e os dedos acariciando-lhe o
peito…
Sobre o tecido fino sentia o
corpo tremente dela… Os dedos caíram na pele do peito e sentiram a pela
bronzeada marcada pelo bikini e debaixo da blusa sentiu-lhe os seios com os
mamilos rijos… Desceu com a mão pelo corpo feminino e pousou na saia que
contornava as coxas… Ela pousou a mão na dele e fez força…
O beijo continuava… As línguas,
dançavam nas bocas o bailado de paixão e desejo…
As mãos desenlaçaram-se e ela ajudou-o
a subir a saia para sentir nas pernas aquela mão quente… Como que a dizer… Toca-me!
…Sente-me!
E ele sentiu-A!... Ali
recostados na pequena duna de areia naquela praia perdida no meio do oceano…
Debaixo da saia sentia as
pernas dela… Quentes… A saia um pouco justa cingia-lhe as mãos às coxas rijas,
que ele tacteava com os dedos…
Nas costas sentia a mão dele
que se meteu pelo decote e lhe acariciava a pele em toques suaves desde os
ombros até á cintura, pois os botões já tinham saltado e franqueavam a pele
sedosa daquele corpo feminino…
No seu peito sentia os hábeis
dedos femininos, que lhe percorriam a pele liberta da camisa desapertada pela
mão dela… Desde o pescoço até à barriga e sua pele foi explorada por aquela mão
que ao descer sentiu sobre as calças o seu desejo ardente… E ela soltou um
suspiro… Afastou um pouco as pernas num
movimento quase involuntário para deixar que aquela mão a sentisse
completamente… E ele sentiu-A Ali… Quente entre as coxas…
Na ponta dos dedos sentiu as
calcinhas rendadas e adivinhou um enfeite em forma de flor… A ‘flor’ afastou-se
e ela sentiu os dedos dele tocarem-lhe a intimidade ardente…
Estremeceu e apertou-se a ele… Na
mão sentia em pleno o desejo intenso dele… Movimentos suaves ‘ali’ eram
incontroláveis… Arqueou o corpo para sentir dentro de si o dedo daquela mão que
lhe tirava a consciência…
Já nada fazia parar aquele
desejo….
A flor das calcinhas ficou
molhada pelo mel que dela brotou…
A mão dela humedeceu-se com a
seiva que ela arrancou daquele corpo que tremeu sobe os carinhos que ela lhe
deu….
Ele levou a mão inundada aos
lábios e saboreou o gosto dela…
Ela saboreou o gosto dele na
mão que o acariciou…
Beijaram-se com mais
intensidade… As bocas coladas com desejo, luxúria e paixão… Saboreavam os
gostos nesse beijo ao luar da Lua-cheia…
Esqueceram-se da noite de baile
e ficaram ali até a Lua-cheia se despedir ao longe quando se deitou nas águas
do oceano tingidas de alaranjado, qual colcha de cama que espera dois amantes….
Voltariam a encontrar-se?
Talvez um dia…
Levaram a recordação de uma
noite de paixão ao luar de Lua-cheia….
Comentários
Enviar um comentário